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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Quanto cobrar em projetos de arquitetura e civil.

Olá Amigos Tudo bom, Espero que sim...


 Hoje postarei aqui um Artigo interessante para quem está começando nesta área e não sabe como cobrar pelos projetos,  pesquisei, e resolvi compartilhar com vocês, espero que gostem...



É recorrente algum visitante ou outro perguntar quanto cobrar em um projeto de arquitetura bem como projetos relacionados (elétrico, hidráulico etc…).
Entenda de antemão, que não é objetivo deste artigo lhe dizer o quanto você deve cobrar em um determinado projeto, mas passar dicas para que você tenha condições de formar um preço justo, pelo qual possa ter saúde financeira e não correr o risco de se transformar seu trabalho em escravidão, isto é importante de considerar principalmente para quem está começando.
Neste artigo, darei foco para o projetista que atua como autônomo, que por não ter regulamentação é um profissional que não tem amparo de órgãos como CREA’s, institutos e sindicatos da categoria de modo geral.

A formação de preços para desenhistas e projetistas

Certamente os profissionais que mais tem dificuldades em formar seu preço são o desenhista e o projetista prático, pois é diferente do profissional com nível superior que pode passar a média de 5 anos em uma faculdade com chances de fazer uma boa rede de contatos profissionais com professores e mesmo formandos, passou por estágio e teve contato com o mercado antes de ser inserido nele
No caso do projetista autônomo (prático), ou mesmo aquele que faz um curso de desenho arquitetônico, o período é muito curto, quase sempre sem estágio e poucas chances de contato prévio com o mercado. Daí a dificuldade em estabelecer preços, muitas vezes não tem ideia de quanto cobrar em um projeto. Para quem se encaixa neste grupo (de desenhistas/projetistas), a primeira coisa é entender como os projetos são cobrados.
Cada região do país pode ter suas particularidades, mas basicamente a remuneração é feita de três formas:
  1. Preço por prancha/folha – Se estabelece um preço fixo por cada folha referente ao projeto.
    Normalmente há diferenças de preço, por exemplo, se a folha for A0 ou A1. Esta forma de cobrança é perigosa, pois nem todo o projeto é igual, você pode ter uma folha desenhada em meio dia de trabalho e outra em dois dias…
    Se formar este preço por prancha, tome medidas como estabelecer um valor para projetos conforme o nível de dificuldade e detalhamento, bem como esquema de padrões de escalas pré-estabelecidos, para ou algo que faça fugir o padrão, o preço deve ser revisado.
  2. Preço por metro quadrado da obra – Cobra-se baseado na metragem de área construída.
    Esta é uma forma interessante que elimina a possibilidade de prejuízo por conta do fator de escala do projeto, no entanto deve-se ter o cuidado de estabelecer o nível de detalhamento do projeto ao colocar o preço. Da mesma forma, um projeto de arquitetura residencial exige muito mais que o projeto arquitetônico de um galpão comercial.
  3. Preço por projeto – Considerados individualmente em seu nível de dificuldade.
    É uma forma interessante de se trabalhar, ai você pode inclusive usar o critério de horas gastas por trabalho para estabelecer seu preço, ou ainda cobrança por diária.
Um outro fator que deve ser considerado em todos casos, é o que deverá ser feito. Alguns projetistas pegam um rascunho de uma planta baixa com informações básicas e desenvolve todo o projeto, elaborando coberturas, fachadas, bem como os projetos complementares elétrico e hidráulico/sanitário. Outros casos acabam pegando o projeto quase todo mastigado apenas para lançar no AutoCAD (ou copiar no papel vegetal como se fazia antigamente), este é conhecido como copista, e por questões obvias tem uma remuneração menor por projetos se comparado ao projetista pleno, até porque seu trabalho finaliza mais rapidamente.

E como um desenhista/projetista vai chegar ao preço do projeto?

O primeiro passo é fazer uma pesquisa de mercado e entender como são cobrados na sua região, se por metro quadrado de área construída, por prancha, por empreitada, por hora trabalhada, enfim, descubra como funciona na sua região. Existem particularidades de cada localidade, há cidades onde o custo de vida é bem maior logo o setor de serviços é mais oneroso, outros locais onde a concorrencia é pequena tende a ter melhores condições para quem presta o serviço, enfim, o negócio é pesquisar a sua região.
Para levantar esta informação, você vai precisar começar a mostrar sua capacidade de se relacionar, consulte outros profissionais, tanto os contratantes (engenheiros e arquitetos), como contratados (outros desenhistas e projetistas). Se você não conhece ninguém que possa consultar, é bom se virar e passar a conhecer, pois nenhum profissional sobrevive sozinho no mercado.
Uma outra forma de levantar este tipo de informação, é em birôs de plotagem, normalmente possuem informações ou indicações a fornecer neste sentido.

Como alternativa, calcule o valor da hora trabalhada

Um outro meio de formar seu preço, é estimar por hora trabalhada, também chamada hora técnica. Dizer ao seu cliente que cobra valor X por hora é algo complicado dependendo da forma que o trabalho será executado, como alternativa estima-se quantas horas vai gastar para fazer determinado projeto e dá um orçamento único para cada trabalho.
Ao formar o preço da hora trabalhada, você pode tomar como base o salário de um projetista empregado, sem esquecer claro que há adicionais como explicarei a seguir.
Antes de qualquer coisa, esteja ciente que estamos trabalhando com valores hipotéticos, cabe a você pesquisar o mercado local onde atua para saber, por exemplo, o salário de um cadista que exercerá a sua mesma função.
A titulo de exemplo, vamos considerar que na sua cidade um desenhista/cadista (prático) com vinculo empregatício tem um salário mensal de R$1.800,00 com uma jornada de 40 horas semanais, se dividir o valor por um total de 160 horas mensais vai chegar a um valor próximo de R$11,25 a hora.
Mas muita atenção, R$11,25 não deve ser a sua hora de trabalho, você na condição de autônomo nunca deve igualar o seu preço ao de um trabalhador assalariado.
Ao contrário de você ele tem benefícios como férias remuneradas e 13° salário. O projetista com vinculo de empregado também tem outras vantagens como FGTS (incluindo multa rescisória de 40% em caso de demissão sem justa causa), tem amparo da previdência social e não deixa de ser remunerado pelo dia ou mesmo meses ausente no trabalho por motivo de doença, tem também remuneração por horas extras.
Até aqui, falamos apenas de direitos no que diz respeito a legislação trabalhista, sem considerar que há muitas empresas que concedem outras vantagens como ajuda de custo para combustível, plano de saúde, vale alimentação e por ai vai…
Um projetista na condição de empregado, não tem que se preocupar com gastos como a aquisição e manutenção de equipamento de trabalho (computadores, softwares etc..), não tem necessidade de gasto com divulgação para aumentar ou conquistar uma carteira de clientes.
Custos como aquisição, manutenção e a depreciação de equipamento, gastos com tinta e material de escritório, energia elétrica, aluguel de escritório dentre outros que não cabem ao empregado mas acabam pesando para o profissional autônomo.
Agora entende porque a sua hora não pode ser o hipotético R$11,25? Então você se pergunta como vai lançar todos estes gastos e chegar ao seu preço… Pra isto criei uma pequena ferramenta que funciona “on-line” a qual vai te ajudar a calcular o preço da sua hora de trabalho para seus projetos arquitetônicos e civis.

Cobrar caro ou barato?

Há pessoas que defendem a tese que um profissional para ser bem valorizado deve cobrar caro, pois quem está pagando vai dar valor ao trabalho. No entanto esta afirmação é perigosa de seguir, um profissional é valorizado por muitos outros fatores e não apenas preço que ele cobra, o “ganhar bem” é na verdade uma consequencia destes outros fatores, dentre estas “coisas” posso citar a seriedade, rapidez e respeito no prazo de entrega, qualidade do trabalho, experiencia e tempo de atuação no mercado (o que atrai confiança do cliente) e por ai vai… Portanto, antes de cair na armadilha do preço alto, pense se você tem diferenciais para isto, pois hoje em dia ninguém é bobo a ponto de simplesmente pagar caro porque acha que quem cobra caro é porque é bom.
Por outro lado, cobrar muito barato também é outra armadilha, o preço muito abaixo do mercado pode acabar causando desconfiança de alguns clientes, sem contar que projetistas que gostam de cobrar baratinho são os mais desmotivados com a profissão e mais tendem a se tornar insatisfeitos e passar a fazer mal feito. Um outro problema de jogar o preço lá embaixo é o tipo de cliente que você vai atrair, que normalmente é o cliente que quer apenas pagar pouco, depois você terá grandes dificuldades de elevar seu preço a um patamar mais aceitável, já que se aumentar a tendencia do cliente pode ser a de procurar aquilo que lhe atrai em outro local, preço baixo.
Então, para quem está começando, o ideal é tentar se manter no nível do mercado, você até pode abrir alguma exceção e fazer um projeto um pouco mais barato, desde que seu cliente esteja consciente que aquele não é o valor correto e ele está na verdade ganhando um desconto naquele projeto especificamente, que a partir dos próximos o valor é restabelecido. Com o passar do tempo você pode até conseguir dar uma engordada no valor dos seus projetos, esta é uma capacidade que será adquirida com a experiencia.

Dicas que valem para todos os profissionais da área

Independente de ter ou não amparo de entidades, um profissional autônomo deve ser responsável consigo mesmo e saber gerenciar suas finanças.
Separar gastos pessoais de gastos com o trabalho é uma das coisas a serem levadas em conta. Faça uma planilha de gastos mensal e acompanhe.
Outra dica é procurar ter reservas financeiras para imprevistos, esta reserva pode ser criada gradativamente. Por exemplo, seu computador pode ser roubado ou simplesmente estragar, você pode precisar de uma impressora nova inesperadamente, seu celular pode cair na privada, pode precisar se ausentar do trabalho por algum tempo por motivos pessoais, enfim, você sabe bem que imprevisto é imprevisto.
Há economistas que orientam que autônomos devem ter reservas para se manter por pelo menos seis meses sem trabalhar (busque uma literatura sobre finanças pessoais). Não deixe de levar isto em consideração quando estiver formando seu preço.
Embora tenha passado informações para quem trabalha com projetos de arquitetura e engenharia, obviamente você verá informações com valor prático para qualquer profissional autônomo.
Então é isto, caso tenha algum comentário ou se acha que pode colaborar com alguma informação, fique a vontade para comentar.

O mercado profissional para Cadistas



Estive lendo um artigo, onde uma grande empresa de arquitetura e engenharia informava a dificuldade em contratar Cadistas. Mas, o que é isso?
O Cadista é aquele profissional que trabalha com AutoCAD, mesmo sem a formação superior em engenharia ou arquitetura.
O Cadista efetua os desenhos solicitados pelos engenheiros ou arquitetos – muitas vezes eles são bem elaborados ou se apresentam no formato sketch (rascunho). Para ser um Cadista não é necessário nível superior, já que muitos engenheiros e arquitetos estão exercendo essa função pela carência de profissionais no mercado.
Como iniciar a carreira?
Para se tornar um profissional nesse segmento, você precisa conhecer, em primeiro lugar, o desenho técnico. O desenho técnico, basicamente, trabalha com plantas baixas e algumas projeções tridimensionais. É uma atividade manual que apoiada por régua, esquadros, transferidor e compasso, além da lapiseira, claro! Depois, você deve saber operar ou trabalhar com o AutoCAD (as instruções aprendidas no desenho técnico serão amplamente utilizadas no aplicativo).
Após iniciar o aprendizado do AutoCAD, você precisará tomar uma decisão: seguir para a Engenharia Civil ou para a Engenharia Mecânica. Hoje o mercado está mais carente na área de Engenharia Civil, principalmente pelo aquecimento no segmento graças aos eventos futuros que aqui serão realizados: Copa do Mundo e Olimpíadas.
Aumentando os seus ganhos
Após alguma experiência como Cadista, você poderá trabalhar em outro segmento onde a remuneração é maior: Maquete Eletrônica.
A maquete eletrônica trabalha basicamente com a realidade virtual, ou seja, um projeto de decoração de uma casa, escritório, consultório, ou até mesmo um projeto de um shopping, por exemplo, ou seja, pode ser visualizado antes mesmo do início das fundações.
Para trabalhar com maquete eletrônica, além do AutoCAD, você deverá conhecer outro programa da Autodesk: o 3D Studio Max. E se o foco for maquete eletrônica, você precisa aprender apenas um dos módulos dos treinamentos: aquele que aborda a utilização do produto. Claro que se você conhecer outros módulos – iluminação, por exemplo – suas maquetes serão muito mais aprimoradas.
Para ter um repertório sobre o assunto é interessante ler alguns livros sobre arquitetura e também avaliar alguns projetos em andamento, trocando em miúdos, respirar o ambiente de trabalho.